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2010/11

Época 2010-11.jpg

Competição: 1ª Divisão Distrital- Zona Norte

Classificação: 8º lugar (22 jogos, 7 vitórias, 4 empates, 11 derrotas)

Pontos: 25 pontos;

Média Pontos: 1,14 pontos/jogo

Golos marcados: 24 (1,09 p/jogo)

Golos sofridos: 38 (1,73 p/jogo)

Melhores marcadores: Valter (7 golos)

Equipas da competição:Castro Daire, Fornelos, Arguedeira, Sernancelhe, Moimenta Beira, Vouzelenses, Ol.Douro, Ferreira Aves, Campia, Vilamaiorense, Resende

Subiu: Castro Daire

Desceu: Resende

Taça: Oitavos de final (Canas de Sta. Maria, Campia, Mortágua)

Campeão Distrital: Castro Daire

Presidente: Paulo Rodrigues

Após algum tempo de hesitação, Paulo Rodrigues decidiu avançar com a candidatura para a presidência do Nespereira FC. Sem experiência alguma, Paulo Rodrigues, diz que foi incentivado pelo seu “vice” Amadeu Teixeira a aceitar o cargo. Visto como um possível desastre, todos os elementos da “cúpula” nespereirense, decidiu não alinhar, deixando Paulo Rodrigues sozinho, com as pessoas que ele queria que o acompanhassem: Armindo “Nelito” Semblano e Amadeu Teixeira, esperando que houvesse alguma reação por parte da direção anterior. Da direção anterior, eu acabei sendo convidado, e fui para o cargo de Secretário da Direção. Paulo Rodrigues era um “sonhador” muito tagarela. Mas com imensa vontade de vencer realmente! No dia 17 de Julho de 2010, Paulo Rodrigues tomou posse e assim, começou logo a trabalhar, em prol do clube. Auxiliado por Acácio Santos, Paulo Rodrigues foi buscar o treinador José Alves, que foi exjogador do Leixões. Num convívio feito a partir de um porco no espeto, Paulo Rodrigues apresentou à Direção e aos jogadores, José Alves, e informou da contratação de Sandro (ex- Amigos da Cave/94) e o regresso de Helder (ex- Rio de Moinhos). Nisso, a sua contratação era gratuita, mas a dos jogadores que pretendia já não era assim. Todos os jogadores foram negociados, entre o Presidente, eu e o Tesoureiro, Aníbal Semblano. Branco, Paulo Fernandes, Cadinha, Helder, Mexicano, Bruno Teixeira, Carneiro, Jorginho, Lino, João Eugénio, Pedro Vilarinho, Sandro e Valter foram as aquisições do Nespereira para a época 2010/2011, sendo a época que mais aquisições teve de sempre. José Alves trouxe consigo também o adjunto Guerra, e o fisioterapeuta inglês Andrew Shore. José Alves era um treinador bastante carismático, e bastante exigente, mas também muito explosivo. Um dos jogadores que Paulo Rodrigues queria que assinasse pelo Nespereira, era Carlitos, mas Amadeu Teixeira, não quis, alegando que a inscrição de Carlitos era desnecessária, e que ele era um jogador completamente dispensável, porque estava forte fisicamente e era indisciplinado. Esta informação acabou fugindo, e caiu nos ouvidos da Mãe de Carlitos, que chegou a tirar satisfação com o próprio “vice” do clube. O seu primeiro desafio foi a deslocação para a Taça, a Canas de Santa Maria. A comitiva nespereirense saiu eram 10 horas da manhã, acompanhados de alguns adeptos que fizeram questão de se deslocarem para ver o jogo. Parou-se em Viseu, para almoçarem, no Lanxeirão, perto do IPJ, no Fontelo, seguindo-se depois o trajecto para Canas de Santa Maria. Arbitrado por Tércia Santos, o treinador José Alves, apresentou o seguinte “onze”: Branco; Cadinha, Diogo Batista, Vilarinho, Nuno Cardoso; Marcelo, Mexicano, Vítor Andrade(Sérgio Silva); João Eugénio (Hélder), Jorginho e Sandro (Paulo Fernandes). O Nespereira começou o jogo muito confiante, e logo cedo, aos 5 m, marcou o primeiro golo, através de um remate muito bem colocado de Diogo Batista, que na entrada da área não perdoou. O Canas de Santa Maria era uma equipa muito dura, que jogava muito perigosamente, pondo em risco por diversas vezes, os jogadores do Nespereira, mas com a árbitra em causa, a deixa- los fazerem esse mesmo jogo. Aos 22 m, o Canas de Santa Maria marca, através de um livre no lado direito da defesa nespereirense, em que numa falha de marcação no segundo poste, permitiu ao avançado da casa, marcar o golo do empate. A partir daqui, o jogo perdeu um bocado o sentido, e começou-se a ver muita dureza em campo, e muitos jogadores no chão. Ao intervalo, o resultado era o empate a um golo. Na segunda parte, José Alves optou por tirar Vítor Andrade e João Eugénio, e meter Sérgio Silva e Helder, no meio campo. O Nespereira tentava progredir no terreno, mas muito dificilmente conseguia, derivado à dureza dos jogadores da casa. Mas, eis que surge o lance do jogo… numa tentativa de ataque do Canas de Santa Maria, Branco vê-se sozinho com um adversário isolado, e agarra a bola fora da área, tendo a árbitra e o seu assistente visto, e marcado livre indirecto, e expulsando Branco. Na sequência do lance, José Alves, logo substituiu Sandro, pelo guarda-redes suplente Paulo Fernandes. A jogar com 10, o Nespereira ainda teve momentos de aflição, mas que conseguiu se sair muito bem, tendo dois lances de realce. Um, Diogo Batista consegue se isolar, e em frente ao guarda-redes remata a à figura deste, e noutra, Marcelo quase consegue marcar o 1-2, mas com a bola sendo salva em cima da linha de golo, pelo defesa da casa. Assim, chegou-se ao final, com um empate, recorrendo-se ao prolongamento. No dito prolongamento, nada de mais se viu, a não ser o sempre duro e perigoso jogo da equipa da casa, que tudo tentou para levar às grandes penalidades. No final dos 120 minutos, foi mesmo necessário recorrer às grandes penalidades, com Vilarinho a ser o primeiro a bater, e a converter em golo. De seguida, o defesa do Canas de Santa Maria permite a Paulo Fernandes, uma excelente estirada, evitando a conversão da grande penalidade, tendo seguido depois, Nuno Cardoso, Marcelo e Helder a converterem, e por fim o guarda-redes do Canas de Santa Maria, a falhar, rematando ao lado. No final, vitória do Nespereira, na 1ª Eliminatória, seguindo junto com o Fornelos, para a próxima eliminatória, sendo as únicas duas equipas cinfanenses “sobreviventes” na Taça. A explosividade de José Alves ainda valeram-lhe algumas dores de cabeça- a ele e a nós, dirigentes- como em Moimenta da Beira, que ao ser provocado resolve insultar o público, ou em Arguedeira, em que, ameaça agredir um adepto, tendo depois o público todo querido “acertar-lhe o passo”, tendo sido expulso do “banco” em duas ocasiões: uma contra o Campia, em casa, e outra em Castro Daire, fora. O Nespereira deslocou-se à cidade de Tarouca, a fim de defrontar a equipa do Arguedeira, para a realização da 4º Jornada da 1ª Divisão. O Nespereira encontrava-se em 3º lugar, com 6 pontos, enquanto o Arguedeira, vinha motivado de um empate, num terreno nada fácil, como o de Moimenta da Beira, e se encontrava em 4º lugar com 5 pontos, apenas um do seu adversário. José Alves resolveu fazer algumas alterações, e após o anúncio da impossibilidade de jogar de Marcelo, em que Lino entrou, José Alves tirou Sandro, para meter Bruno Teixeira no “onze” inicial. No relvado sintético do Municipal de Tarouca, o árbitro Tiago Rodrigues deu inicio ao jogo, com o Nespereira a ser o primeiro a atacar, através de uma jogada iniciada por Sérgio Silva, que desmarcou Diogo Batista na esquerda, e este cruza, surgindo Bruno Teixeira no segundo poste, que não conseguiu concretizar por duas vezes seguidas. O Arguedeira tentava aproveitar a velocidade das suas alas, principalmente através de Lukinha, que estava mais descaído na direita. Passou-se um período de pressão arguedeirense, que constantemente, tentava ganhar a linha de fundo, mas com a defesa do Nespereira, sempre muito concentrada a defender, a evitar a concretização do golo. Num jogo muito táctico, principalmente no meio-campo, aos 21’,o Arguedeira consegue desmarcar Lukinha, nas costas da defesa nespereirense, que passa por Branco, mas este, não consegue evitar o contacto, derrubando assim o adversário, e com o árbitro Tiago Rodrigues a assinalar grande penalidade a favor do Arguedeira, expulsando Branco, com um cartão vermelho directo. Jorginho que se encontrava lesionado, e já estava preparado para ser substituído por Sandro, acabou por ser substituído por Paulo Fernandes, que entrou no momento da grande penalidade. Na sequência da grande penalidade, Lukinha bate o penâlti permitindo a defesa de Paulo Fernandes, que rechaçou a bola para a frente, e com Lukinha na recarga a rematar por cima da baliza. Isto parece que enervou um pouco o Arguedeira, que apesar de estar com um elemento a mais, pareceu que ficou um pouco perdido, e muito dependente da velocidade dos seus alas. Aos 28’, André faz falta sobre Bruno Teixeira, na entrada da grande área, com o árbitro a assinalar falta frontal. Na sequência do livre, Lino remata encostado ao poste esquerdo de Quim, com este a fazer uma grande estirada, evitando o golo do Nespereira. No minuto seguinte, o Arguedeira beneficia de um livre no lado direito do seu ataque, em que, Edmilson remata contra a barreira, ganhando um canto. O Arguedeira tentou “crescer” novamente no terreno, e tornou-se mais pressionante, obrigando o Nespereira a uma ginástica táctica incomum nas hostes nespereirenses, apesar de nem sempre correr bem, como foi um caso, em que, aos 31’, Lukinha se desmarca na direita, ganhando espaço e rematando por cima da baliza de Paulo Fernandes. Aos 40’, o Nespereira beneficia de um livre na direita, batido por Cadinha, que cruzou para o meio da área, surgindo Lino que dá de cabeça para a entrada da grande área, surgindo Nuno Cardoso, que aguenta uma falta cometida sobre si, e remata por cima da baliza. O Nespereira teve a sua melhor hipótese, perto do intervalo, aos 44’, num pontapé de canto, no lado esquerdo, executado por Diogo Batista que cruzou para o segundo poste, surgindo Lino, que cabeceou ao lado, às malhas laterais da baliza de Quim. Ao intervalo, o resultado era um empate a 0 golos. Na segunda parte, o Nespereira voltou mais confiante e mais objectivo que o Arguedeira, que optou pela tentativa de pressão mais física, mas sempre com os olhos postos na velocidade dos seus alas. Aos 47’, Cadinha, numa jogada individual, ganha espaço, e de longe remata para uma boa defesa de Quim, com Helder a repetir o seu colega, mas de mais longe, aos 51’, rematando sem muita força, mas de forma traiçoeira, com o guarda redes da casa a deixar a bola escapar para canto, com muita sorte. Aos 57’, Pauleta isola-se num contra-ataque, e disputando a bola com Nuno Cardoso, não consegue concretizar, acabando no chão, com o sobrolho aberto. Nesta altura, José Alves resolveu mexer na equipa, e assim substituiu o cansado Lino pelo atacante Sandro. Logo no minuto seguinte à sua substituição, aos 60’, Cadinha, na direita, cruza, surgindo Sandro no segundo poste, dominando bem a bola, mas rematando ao lado. E aos 65’, o Arguedeira tem a melhor oportunidade da segunda parte, com uma jogada na direita de Gil, que cruzou a bola para o meio da área, Paulo Fernandes não consegue interceptar, e surgindo Nuno Gomes, no segundo poste que cabeceou para a baliza aberta, mas surgindo Vilarinho, que salva o Nespereira de sofrer um golo, em cima da linha. Nos minutos seguintes, então notou-se um maior nervosismo, e alguma perda de controle por parte dos jogadores do Arguedeira, que se tornaram muito mais duros, e notou-se claramente, as constantes picardias entre Cadinha e Edmilson, com Edmilson a agredir claramente Cadinha, no meio campo, e a provocar entradas duras no jogador nespereirense. Esta sequência de situações levou a uma clara irritação do banco nespereirense e dos seus jogadores, que tentavam chamar a atenção do árbitro e do seu auxiliar para a situação que do campo, transferiu-se para fora, com um claro bate-boca entre o público e o treinador do Nespereira, José Alves, criando-se ali, um ambiente, em que a GNR foi obrigada a intervir para garantir a segurança do banco nespereirense, devido a alguns adeptos do Arguedeira, que demonstraram intenção de agredir o treinador do Nespereira, sanando-se rapidamente a situação. O tempo passava e o Arguedeira, tentava pressionar mais, e jogar mais em ataque continuado, tentando beneficiar do factor de jogar com mais um que o Nespereira. Já com João Eugénio em campo, no lugar do lesionado Bruno Teixeira, o Nespereira optou por jogar no contra-ataque, tendo no último quarto de hora, sido a equipa mais perigosa do jogo, beneficiando das melhores hipóteses. Aos 83’, Sérgio Silva na direita, consegue desmarcar Sandro, que em velocidade remata ao lado, e passados 3 minutos, volta a ser desmarcado por Cadinha, mas surgindo desta feita na esquerda, passando por um dos centrais do Arguedeira, e rematando à figura de Quim. Aos 90’, os adeptos do Nespereira ainda gritaram “Golo”, quando Sandro consegue desmarcarse, domina bem a bola, e rematou rasteiro para uma defesa bonita de Quim. No final do jogo, um empate que pode ser considerado um bom resultado, num campo que tradicionalmente, para o Nespereira não é nada fácil! A arbitragem de Tiago Rodrigues pode-se considerar aceitável, embora tenha pecado em alguns pormenores disciplinares, como na expulsão de Helder, por acumulação de amarelos, aos 90+3, mas demonstrando uma postura bastante profissional. Jogo memorável foi o derby entre o Nespereira e o Oliveira do Douro, em Nespereira. No dia 21 de Novembro de 2010, o Nespereira FC realizava mais um jogo em casa, para a 5ª jornada da 1ª Divisão Distrital da AF Viseu, desta feita, num “derby” concelhio contra o Oliveira do Douro. O jogo prometia ser interessante, com duas equipas bastante aguerridas e audazes, como tem sido durante os anos anteriores. José Alves, apesar de castigado, esteve assistindo o jogo perto do banco de suplentes, da sua equipa, sendo esta, orientada realmente pelo treinador-adjunto, Albino Guerra. José Alves, optou por “arriscar” este “onze”: Branco; Cadinha,Mexicano, Nuno Cardoso, Vilarinho; Sérgio Silva, Pepe, Helder; Jorginho, Sandro, Lino. Jorginho, que veio de uma lesão, foi opção certa para José Alves, que também optou por deixar Diogo Batista no banco, por alegada lesão. Com um tempo instável, mas convidativo o suficiente para assistirem um jogo de futebol, o “Isidro Semblano” teve uma moldura humana bastante considerável, até porque de Oliveira do Douro, deslocaram-se imensos adeptos, principalmente do sexo feminino. O jogo iniciou-se, com o Oliveira do Douro a atacar, e o Nespereira a ter algumas dificuldades em sair com a bola controlada, até porque, fisicamente, a equipa duriense era bastante mais forte que a nossa. Foi então que aos 3’, o Oliveira consegue um livre no lado esquerdo do ataque duriense, e então nesse mesmo livre, batido por Zé Mário, Branco sai-se mal, larga a bola, e então, Palito com a coxa, acerta na bola, rematando, quase sem querer, por cima, causando os primeiros calafrios na defesa nespereirense. O jogo no meio-campo começou a endurecer, e então numa sequência de um lance de uma bola dividida, entre Kekes e Sérgio Silva, o último ganha a bola, com o jogador oliveirense a acabar no chão, reclamando falta, mas Sérgio Silva continuou, desmarcou Sandro, que descaído na direita, já tinha passado pelo guarda-redes Moka, quando este “traça” completamente, fora da área, Sandro, que acaba estatelado no chão. Esta foi a jogada que chamou mais a atenção para todo o jogo, porque, nisso tudo, o árbitro não marcou falta, surgiram os primeiros protestos, e então, o árbitro mostra o primeiro cartão amarelo a Jorginho, aos 7’. O jogo estava fervoroso, e o Nespereira parecia começar a tentar atacar, cada vez mais, e já começava a mostrar alguma superioridade, mas aos 10’, Jorginho ganha no um para um a Mosteirô, e é agarrado por este último, acabando no chão, mas com o árbitro a interpretar que Jorginho simulou uma falta, acabando por mostrar o segundo cartão amarelo ao mesmo, e expulsando-o assim, criando um ambiente de protesto imenso entre o público presente, e mesmo dentro das linhas. Após a saída de Jorginho, que saiu do campo em lágrimas, José Alves opta por mexer na equipa, e tira Pepe, metendo Pedro Vilarinho. Não tendo muitos resultados práticos inicialmente, o Nespereira ficou um tempo de cabeça perdida, e o Oliveira conseguia jogar mais prático, e ser mais objectivos. Então, aos 21’, numa jogada na grande área do Nespereira, Palito, remata para a baliza, Branco defende para a frente, e surge a defesa da casa a aliviar a bola para fora. Aos 27’, o Oliveira chegaria ao golo que “gelou” os adeptos nespereirenses todos, num cruzamento do lado esquerdo, de Zé Mário, que cruzou com conta e medida para Kekes que surgiu oportunamente entre os centrais nespereirenses, e marcou assim de cabeça o 0-1. O Nespereira tentou responder logo, e aos 31’, Helder, de longe, remata para defesa apertada de Moka. O jogo continuava a ser viril, embora se apercebesse que o público não estava satisfeito com a arbitragem, que durante o jogo todo, demonstrou uma dualidade de critérios, e conseguiu fazer muitas asneiras no desempenho das suas funções. Aos 36’, Lino consegue passar pelo defesa esquerdo do Oliveira do Douro, centra para o surgimento de Pedro Vilarinho, que remata para defesa segura de Moka. Até ao intervalo, quem fazia a festa, era a claque do Oliveira do Douro, que ganhava, ao intervalo, por 1-0. Após o intervalo, o Nespereira não fez modificações, apenas sendo o Oliveira do Douro, que decidiu substituir Vítor Hugo por Renato, tentando se aproveitar da superioridade numérica da equipa visitante, escolhendo um jogador mais rápido. O Nespereira voltou na segunda parte, mais objectivo, e essa intenção, viu-se aos 49’, quando Moka, numa reposição de bola, falha, chutando mal a mesma, e esta cai nos pés de Helder, que tenta fazer um chapéu ao guarda-redes visitante, mas o mesmo consegue recuperar a posição e defende para canto. Logo de seguida, no minuto 53, Nuno Cardoso alivia mal, e Jorge André ganha posição e remata ao lado da baliza de Branco. Aos 57’, cruzamento na esquerda para o centro da grande área do Oliveira, e Sandro foi completamente “traçado” por Zé Mário, com o árbitro Adelino Duarte, a assinalar grande penalidade para o Nespereira. Apesar dos diversos protestos que a equipa do Oliveira do Douro fez, discordando da decisão do árbitro, este manteve a sua posição, e assim, Cadinha, aos 58’, fez o golo do empate, que levantou o animo ao “Isidro Semblano”. Foi a vez do Oliveira do Douro ficar meio perdido no jogo, e entretanto, num daqueles períodos relâmpagos do Nespereira, que tem nos habituado nos últimos jogos, três minutos depois, aos 61’, contra-ataque do Nespereira, com Pedro Vilarinho a chegar antecipadamente a uma desmarcação, aproveita a saída de Moka, remata para a baliza, esta bate na barra, e depois no chão, surgindo Lino, que de cabeça, aproveitou para marcar o primeiro golo no campeonato, seu segundo no Nespereira, pondo a equipa da casa, em vantagem, pondo o público nespereirense em estado efusivo. A partir daqui, o Oliveira do Douro perdeu realmente a sua objectividade, apesar de ter lutado imenso, mas o jogo viril, que o Oliveira do Douro nos habituou, começou a tornar-se violento e perigoso, com imensas faltas ríspidas. Aos 71’, o Nespereira, na esquerda, cruza para a grande área, surgindo Hélder, no meio, sozinho, a rematar por cima da baliza duriense. Aos 74’, o Oliveira tem uma excelente oportunidade, através de Palito, que rematou para uma defesa excelente de Branco. Logo de seguida, numa jogada disputada entre Cadinha e Kekes, ambos se envolvem, com Cadinha a ser agredido pelo jogador visitante, surgindo um burburinho, junto ao banco oliveirense, em que houveram alguns empurrões entre jogadores, equipa técnica, suplentes, acabando o árbitro por expulsar Kekes e Diogo Batista. O ambiente começou a ficar mais pesado entre os bancos de suplentes, que acabaram por se envolver numa espécie de trocas de palavras nada simpáticas entre alguns elementos, com Renato também a trocar alguns “elogios” com o treinador do Nespereira, Albino Guerra. O jogo estava muito nervoso, mas o Nespereira parecia melhor psicologicamente, parecendo controlar as investidas do Oliveira do Douro. Aos 87’, Bruno Teixeira, que tinha entrado para render Sandro, consegue passar na direita, pelo defesa do Oliveira, e quase marca, num cruzamento rasteiro traiçoeiro, com Moka a defender. Já mesmo de cabeça perdida, o Oliveira subiu e arriscou, com o Nespereira a defender bem, e num contra-ataque, em que Vilarinho subia isolado com a bola, Mendes rasteira por trás, o jogador nespereirense, sendo expulso pelo árbitro Adelino Duarte. Do livre, Nuno Cardoso tentou a sua sorte, mas não conseguiu acertar na baliza. No final, nervos à flor da pele, da parte da equipa do Oliveira, com alguns elementos da equipa visitante, a criarem uma confusão dentro do campo, tentando tirar satisfações com a equipa técnica do Nespereira, e ameaçando a integridade física da comissão técnica do Nespereira, quando esta for visitar Oliveira do Douro. Nelinho se encontrava insuportável, insultando todos, ameaçando todos, até que cheguei a um ponto que já não o aturava mais e disse-lhe “os cães ladram e a caravana passa!”, o que o irritou mais ainda! Ainda se demorou a recolherem todos aos balneários, com muitos protestos e muito barulho da parte dos adeptos oliveirenses, que insultaram o árbitro na entrada do túnel. Sandro ainda aproveitou para agredir à traição, Renato, sendo prontamente reprovada esta atitude, por todos os presentes do Nespereira. O Nespereira demonstrou uma garra e uma força fenomenal, neste jogo, conseguindo dar a volta ao resultado, jogando com menos um. Ultimamente, nos jogos do Nespereira contra o Oliveira do Douro, tenho criticado imenso a postura dos nossos jogadores, porque uma grande parte deles se afirmam amigos dos outros jogadores, e tem medo de fazer uma falta necessária para travar um adversário. Mas os outros, não! Nós somos amigos dos de Oliveira do Douro, mas pelos vistos eles não são nossos! Porque acabamos sempre com alguém lesionado, sempre por levar cacetada. E nós a jogarmos, às vezes parecíamos “amaricados”, com medo de aleijar alguém! O pessoal tinha que se mentalizar que jogar é para ganhar. Os jogadores podem estar ali só por ter prazer em jogar, mas quem dirige e quem paga para ver, quer ver o clube ganhar. Por isso, as amizades para mim, ficam do lado de fora do campo. Até porque os amigos perdoam, os adversários não! O Nespereira foi conseguindo ser invencível em casa, até a altura de chegar o Fornelos, que valeu a primeira derrota do Nespereira FC perante o Fornelos, em casa. José Alves foi um treinador bastante polémico, e também muito contestado. Fora o Nespereira só conseguiu o empate como Arguedeira, perdendo todos os jogos. Em casa, ganhava, mas não satisfazia o público, que detestava literalmente o “veterano” avançado Lino, que consideravam muito ineficaz. Apesar do Nespereira passar muito tempo na parte de cima da tabela, muitas coisas iam se passando nos bastidores, bastante prejudiciais ao clube. Foi a constante ausência do presidente durante a semana, e os comentários exagerados do “vice”, que ao invés de tentar resolver as situações, optava por “tirar a água do capote” e criticar a ausência do presidente; foram as goleadas de Castro Daire e de Mortágua; a denúncia de um jogador contratado, que afirmou que o treinador cobrava uma comissão, para cada jogador contratado, para ele jogar; a progressiva desistência dos jogadores contratados; as degradantes condições de trabalho à nível elétrico, e ainda a chamada da Câmara Municipal que reuniu com todas as associações do concelho, para informar que iriam fazer cortes nos subsídios, de cerca de 10%- situação até que resolvi intervir, indo ao púlpito dizer que compreendia-se o motivo dos cortes, mas que também haveria necessidade de fazerem-se cortes nas Festas de S. João-, etc. A determinada altura, o “vice” Amadeu Teixeira, resolve pedir a demissão do cargo que exercia, devido a discordâncias com o presidente Paulo Rodrigues. Amadeu Teixeira era muito polémico e impulsivo, acabando por vezes, por falar coisas publicamente, que deixavam a Direção em situações bastante complicadas. Um dia, no jantar de Natal do Rancho, já com as relações meio tremidas, Amadeu Teixeira resolve acusar publicamente na frente de todos, Paulo Rodrigues, de incompetência e de só se querer exibir, com Paulo Rodrigues ouvindo todas as acusações de Amadeu Teixeira. Todos esperavam uma acesa reação de Paulo Rodrigues, mas este deixou Amadeu Teixeira falar tudo, e depois que ele acabou, revelou publicamente que foi Amadeu Teixeira que foi à casa dele para convence-lo a assumir a presidência do clube, com o argumento de que os dois seriam os injetores de dinheiro do Nespereira FC, e aí, Paulo até o acusou de não estar cumprindo com a parte dele, pois os dois teriam acordado, cada um pagava um mês a totalidade da folha de salários, só que Amadeu Teixeira pagou apenas um mês, e Paulo Rodrigues teria pago já três meses, porque Amadeu não terá se interessado por pagar um mês da folha de salários. Paulo Rodrigues ainda acusou Amadeu Teixeira de se ter interessado pela sua pessoa, para Presidente, por saber que Paulo, pelos seus negócios não podia estar presente a 100%, durante as semanas, e que o interesse de Amadeu seria de mandar ali no clube, e o Paulo injetar o dinheiro. Só que o tiro saiu-lhe pela culatra, porque apesar de tudo, Paulo apesar da sua ausência, sempre foi muito interessado e muito fiscalizador, denunciando logo, que não gostava de abusos. Esta discussão acabou com o ambiente total de concordância entre os dois, e então, Amadeu Teixeira pediu a sua demissão. Só que aí, com a demissão de Amadeu Teixeira, o salário de dois jogadores (Bruno Teixeira e Jorginho) era um compromisso pessoal dele, e ele não demonstrou qualquer interesse em pagar esses salários, tendo que ser Paulo Rodrigues a assumir esse compromisso sozinho. Paulo Rodrigues, conhecido pelo apelido “Barrento” foi alvo de bastante escárnio, de bastante critica, porque era visto como “novo-rico parolo”, mais interessado em demonstrar a sua riqueza, do que propriamente em ajudar o clube nespereirense.Mas, só mesmo quem trabalhou com o Paulo, pode dizer que afinal ele não era nada disso. Paulo é ambicioso, mas nesta situação, ele nunca tinha estado por dentro do futebol, e não sabia como o esquema funcionava. Paulo Rodrigues, realmente entrou com vontade de soltar algum dinheiro para o sucesso do clube, mas contava com o apoio financeiro de Amadeu Teixeira-que prometeu dividir as despesas do clube com ele- e com Acácio Santos, que era o maior patrocinador do Nespereira. Mas Paulo não tinha noção, que os números eram tão elevados! Mas mesmo assim, Paulo tentou ainda fazer com que o clube rendesse mais, reavivando os bailes nas noites de sábado, o que já criava uma receita razoável. Mas mesmo assim, após a saída de Amadeu Teixeira, assumi o cargo de “vice”, e foi aí, que descobrimos através de um jogador, que, o treinador apesar de não ser pago, cobrava uma comissão aos jogadores do Porto, que ele tinha indicado, de cerca de 50 euros por mês, e um dos jogadores se recusou a pagar essa quota. Quando foi descoberta essa estratégia, Paulo Rodrigues queria demitir imediatamente o treinador José Alves, mas o clube estava bem classificado, e não se poderia mandar o treinador embora, com o clube em boa forma. Só que, resultados começaram a ser escassos, e no momento da goleada em Mortágua para a Taça, em que o treinador informa de repente, que o lateral esquerdo Diogo Batista não queria mais jogar no Nespereira, começou-se a ver o início da decadência daquela equipa. Ainda na época de José Alves, o clube passou por uma situação complicada, que foi durante os treinos à noite, um cabo de alta tensão, roçava constantemente na malha-sol, do lado do caminho do Borralhal, e provocava um curto-circuito, que estava cortando a eletricidade constantemente, além de ser um perigo para qualquer criança que poderia se arriscar a pôr a mão na malha-sol e haver uma eletrocussão . Liguei muitas vezes para o Atendimento ao Cliente da EDP, e eles nunca demonstraram interesse em resolver a situação. Então, num dia eu liguei, pedi para o piquete passar lá, e impus a mim mesmo, o prazo de aquela situação estar resolvida até o meio-dia do dia seguinte. No dia seguinte, passei pelo campo e fui ver se a situação estava corrigida, e então nada tinha sido feito. Aí, já revoltado, eu resolvi ligar para a EDP, e fui obrigado a inventar uma mentira. Acabei dizendo para as atendentes da EDP, que tinha havido uma eletrocussão de uma criança naquele local, por culpa do cabo que roçava na malha-sol. Passado algumas horas, já estava resolvida a situação, pois mandara imediamente o piquete para corrigir a situação, mandara uma equipa de psicólogos para o Hospital de Cinfães, e um engenheiro da EDP, que se deslocou a Nespereira para se inteirar do ocorrido. Eu sabia que esta atitude iria acabar por sobrar para mim, mas encarei-a como uma atitude necessária para evitar que pudesse haver uma tragédia por desinteresse e incompetência da EDP. De repente, à tarde, recebi uma chamada do dito engenheiro da EDP que pediu para que me deslocasse ao local, para falar comigo. Chegando lá, trinta minutos depois, eu vi um engenheiro a querer dar-me sermão, e a ameaçar processar-me e ao clube, devido à falsa ocorrência. Ainda assim, disse que não queria a malha sol, encostada ao poste da EDP, mas aí, respondi prontamente, dizendo-lhe que o clube não queria o poste da EDP, dentro do terreno do clube. No final, apesar da má disposição que o engenheiro ficara, o ocorrido não passou disso, mas conseguimos resolver uma situação que representava um perigo para a própria comunidade. Entretanto, o ambiente não era o melhor para a comissão técnica. E a gota de água para José Alves foi o jogo contra o Fornelos. José Alves fez alinhar o seguinte “onze”: Branco; Cadinha, Pedro Cardoso, Vilarinho, Nuno Cardoso; Mexicano, Helder, Sérgio Silva; Pepe, Jorginho, Lino. Com a casa cheia de 450 pessoas, e num ambiente escaldante, por ser o jogo entre o 2º e 3º classificado, ainda empatados com o mesmo número de pontos. O jogo iniciou com uma jogada rápida de contra-ataque, com Marante a lançar, na esquerda, para João Ricardo, que centrou rasteiro, não surgindo ninguém no meio da grande área para finalizar, logo no primeiro minuto. O Nespereira respondeu, logo aos 3’, com Pepe a desmarcar Lino, que passa pelo adversário, e isola-se, rematando contra as pernas de Vieira. O Nespereira parecia querer tomar conta do jogo, e aos 5’, Lino, no meio da grande área, após cruzamento de Sérgio Silva, na direita, consegue dar para Jorginho, que fora da grande área, remata em jeito, por cima da barra. Aos 8’, nasce o primeiro lance polémico da arbitragem, em que, Lino é isolado, e marca golo, sendo-lhe anulado, por alegado fora-de-jogo, assinalado pelo árbitro assistente, provocando alguns protestos no público. No minuto seguinte, Pedro Cardoso, na esquerda, retira um cruzamento, que quase resultou em golo, passando muito perto da barra da baliza, e fora do alcance do guarda-redes do Fornelos. Aos 10’, Jorginho, em rapidez, consegue bater Luís Cardoso, mas Quim vai aliviar, chutando contra Jorginho, que ganhou, e em velocidade, ganha a linha, ainda passa por outro adversário, cruzando rasteiro, mas Lino a chegar atrasado, não conseguindo finalizar. O Fornelos voltou a atacar, e num centro na direita, de Ricardo Macedo, a bola sobra para João Ricardo, no lado oposto, que remata em jeito, de primeira, ao lado da baliza de Branco. O Fornelos equilibrou o jogo mais um pouquinho, e, começou-se a notar um pouco, o nervosismo nos bancos de suplentes, com o técnico visitante a ser mais exuberante nos protestos com o árbitro, que falhou imensamente, com remates ao lado, marcando pontapés de canto, entradas duras sem cartão, alívios do adversário para lançamentos, marcando lançamentos ao contrário, foras-de-jogo mal assinalados. E num desses erros, aos 20’, numa clara falta do lateral-direito do Fornelos sobre Jorginho, o árbitro marca falta a favor do Fornelos, em que Quim bate para a direita, para João Ricardo, que passou facilmente por Pedro Cardoso, cruzando para Nandinho, que rematou ao lado. Aos 24’, Celso, num dos seus lançamentos venenosos, cruza para a grande área, surgindo Nandinho, que cabeceia forte, permitindo a Branco, uma excelente defesa para canto. A partir daqui, o jogo sofreu uma forte quebra, com um futebol fraco, em que, a bola quase não passava pelo meio-campo, com ambas as defesas a chutarem a bola para o ar, tentando que sobrasse, num erro da defesa adversária. Num desses lances, aos 35’, numa bola aliviada por Vieira, Helder remata de longe, muito perto da barra da baliza de Júlio. Aos 39’, num cruzamento da esquerda do Fornelos, a defesa nespereirense tremeu, e a bola sobrou para Pedro Cardoso, que aliviou mal, na grande área, sobrando para João Ricardo, que rematou por cima. Ao intervalo, o jogo estava empatado a zero, num jogo que prometia muita disputa na segunda parte. Na segunda parte, sem mexerem nas equipas, ambas as equipas começaram a denotar alguma fraqueza no caudal ofensivo. Quando, na parte do Nespereira, Pepe denotou algum cansaço, e José Alves preparava a substituição, na saída de Pepe, para a entrada de Pedro Vilarinho, João Ricardo, aos 54’, faz um cruzamento, na esquerda, Branco defende largando a bola, que fica a passear perto da linha de golo, surgindo ainda Vilarinho que tentou salvar, mas Marante consegue finalizar, marcando o 0-1. O Nespereira tentou partir para cima dos adversários, em busca da recuperação do resultado, e aos 57’, Lino, encostado na direita, larga a bola para Pedro Vilarinho, que remata para defesa calma do guarda-redes visitante. Período de asfixiamento do Nespereira, sobre o Fornelos, em que a equipa da casa, aos 61’, através de um cruzamento da esquerda, de Jorginho, pôs a defesa fornelense em aflição, e assim, Helder na sobra, remata ao lado. Um autêntico de erros incompreensíveis do árbitro, levaram o jogo a começar a tomar uma toada cómica, com erros infantis, que prejudicavam ambas as equipas. Aos 72’, Mexicano em jogada individual, rodeado por três adversários, na esquerda, conseguiu libertar a bola para Sérgio Silva, que rematou fora da área, em jeito, com Júlio a defender com uma palmada, a bola para canto.

Dois minutos depois, na sequência do pontapé de canto, o Fornelos consegue elaborar um contra-ataque, com Matinhas a ganhar espaço, e a rematar para uma boa defesa de Branco. O Nespereira via o tempo passar, e começou a jogar o “tudo por tudo”, e numa sequência de cruzamentos para a área, aos 78’, numa dessas bolas, Júlio sai-se, mas larga a bola, esta sobra para os pés de Mexicano, que remata com selo de golo, mas com o guarda-redes do Fornelos, mesmo desposicionado consegue fazer uma defesa espectacular, podendo-se chamar mesmo de “milagre”. Aos 84’, Vieira faz falta sobre Valter, e na sequência do livre, Nuno Cardoso, remata certeiro para defesa segura de Júlio. E, aos 88’, o Fornelos dá o golpe final nas esperanças nespereirenses, através de um contraataque de João Ricardo, que isola-se e assim, marca com classe, o 0-2. No final do jogo, vitória justa do Fornelos, com uma exibição fantástica de Júlio, que foi um dos grandes “culpados” do Nespereira não ter empatado o jogo. Relativamente à arbitragem…pouco se pode referir a exibição de Carlos Rodrigues, que se pode limitar a três palavras: EXTREMO PESSIMAMENTE MAU! Não por ter prejudicado o Nespereira- que também fê-lo!-, mas sim, porque prejudicou ambas as equipas, foi permissivo demais e completamente trapalhão no momento das decisões. No final, houveram ainda algumas cenas de “trocas de galhardetes”, entre os jogadores Quim e Lino, que resultou numa pequena confusão, na entrada do túnel, mas sem maiores incidentes. Nessa mesma semana, a Direção decidiu ter uma conversa com o treinador, e então, o presidente afirmou que havia jogadores contratados no plantel, que não estavam sendo opção, e que o treinador poderia dispensar pelo menos dois jogadores, sugerindo a dispensa de Lino e de Sandro. José Alves não aceitou, e após a participação de Guerra, este admitiu não ter mais condições de trabalho, e pediu a demissão. Então, falou-se com jogador por jogador, e apenas Lino e Sandro foram dispensados, com Mexicano e o fisioterapeuta Andrew Shore a se demitirem, em sinal de solidariedade para com José Alves. Mas nem tudo foi mal nesta orientação de José Alves... neste período, o Nespereira- até ao jogo com o Fornelos- era invicto em casa, e sob sua orientação, o Nespereira atingiu pela primeira vez na sua história, os oitavos-de-final da Taça Sócios de Mérito. Durante uma semana, a Direção do Nespereira correu atrás de um treinador, e essa tarefa ficou a meu cargo, na qual a minha primeira opção foi Joca Lamas Fausto (ex-treinador de Sernacelhe e do Ferreira de Aves),que na altura estava livre, e porque era conhecido de vários jogadores do plantel nespereirense. Consegui falar com ele, mas já tinha aceite um convite do Ferreira de Aves, no dia anterior, e depois por indicação do mesmo, contratou-se o extreinador adjunto do Oliveira de Frades, Tiago Dias. Chegamos a acordo via telefone, e ele levaria o seu adjunto, Fernando Ferreira. Então, no jogo com o Vouzelenses, quando chegamos ao restaurante, foi a primeira vez, que tive contacto visual com Tiago Dias. Tiago Dias, que estava no U.D. Sampedrense, até Novembro de 2010, como treinador-adjunto de Fernando Silva, disputando a 3ª Divisão Nacional, e que foi campeão da Taça Sócios de Mérito, pelo GD Mangualde, na época 2007/08, como treinador-adjunto; este foi auxiliado pelo treinador Fernando Ferreira, que se encontrava no Ac. Viseu. Esta foi a primeira experiência de Tiago Dias, como treinador principal de uma equipa sénior.

Apesar de ter estado presente no jogo em Vouzela, não foi ele que orientou a equipa, tendo sido delegado esse cargo a Bruno “Bigodes” Monteiro. Na vinda desse jogo de Vouzela, paramos em Parada de Ester, no regresso, para comermos umas sandes de vitela assada, e lá encontramos um grupo de caçadores, que tinham três javalis caçados. Um deles foi leiloado, e quem é que acabou por compra-lo? A excentridade de Paulo Rodrigues! Semanas depois, Paulo Rodrigues fez um farto almoço em sua casa, assando o javali, convidando para esse almoço eu e o Nelo Puck. A estréia da nova equipa técnica deu-se em Campia. O treinador Tiago Dias apresentou o seguinte “onze”: Branco; Cadinha, Paulo Sérgio, Vilarinho, Nuno Cardoso; Helder, Sérgio Silva, Bruno Teixeira; Pedro Vilarinho, Jorginho, Valter. Surpresa para a titularidade de Paulo Sérgio, que substitui assim o lesionado Pedro Cardoso, no papel de lateral esquerdo. Aos 5’, Bruno Teixeira tenta uma jogada individual na esquerda, tenta rematar, mas a defesa do Campia alivia, surgindo na segunda linha, Paulo Sérgio, que rematou para defesa segura do guarda-redes da casa. Depois, aos 7’, Bruno Teixeira na esquerda consegue desmarcar Jorginho, que fugia na diagonal, na direita para o meio, consegue dominar a bola, passa pelo guarda-redes Cunha, que toca em Jorginho, fazendo um penâlti, em que o árbitro Vítor Silva, nada assinala, marcando apenas pontapé de baliza. Num campo muito grande, e com duas equipas um pouco desinspiradas, o futebol do “pontapé para o ar” foi a táctica mais utilizada por ambas as equipas. Aos 23’, um defesa do Campia faz uma falta grosseira sobre Cadinha, mas o árbitro nada assinalou, os jogadores do Nespereira ficaram a contestar, o Campia lança um contra-ataque, em que o avançado se desmarca, Branco sai-se, chuta mal, vai recuperar, o avançado do Campia agarra-o, Branco ainda consegue aliviar, e depois um médio consegue chutar, tentando um chapéu, mas o remate sai muito alto, passando perto da barra da baliza nespereirense. E aos 29’, uma excelente jogada na esquerda, desmarca Nando, que mesmo no limite consegue fazer um cruzamento excelente, para o segundo poste, surgindo Ferraz, que marca o 1-0, de cabeça. Depois disso, o Nespereira tentou recuperar atrás do prejuízo, mas o futebol defensivo do Campia não permitia grandes jogadas, e também notava-se um pouco de desinspiração da equipa visitante, enquanto o Campia mostrou-se uma equipa bastante organizada e muito certinha defensivamente. Ao intervalo, o resultado era de 1-0, a favor da equipa da casa. Na 2ª parte, o Nespereira iniciou mais agressivo, e com mais vontade de marcar, e logo no primeiro minuto, Pedro Vilarinho na direita, se desmarca, e centra, surgindo Valter no meio que cabeceia, obrigando Cunha a uma excelente defesa para canto. O jogo prometia, e aos 47’, na sequência do canto, batido por Paulo Sérgio, Nuno Cardoso aparece no meio da grande área e cabeceia vitoriosamente, e Cunha defende a bola já dentro da baliza, rechaçando-a para fora, com o árbitro a não assinalar o golo que o Nespereira marcou! O Nespereira “sufocou” o Campia, e aos 51’, Nuno Cardoso faz uma excelente desmarcação, da direita para a esquerda, para Jorginho, que surgiu isolado, e com apenas Cunha pela frente, remata contra as pernas do guarda-redes, falhando uma oportunidade claríssima de golo. A partir daqui, o Nespereira parece ter perdido um bocado a clarividência, e o Campia ia defendendo o resultado, embora tenha se notado claramente os erros claros da “figura do jogo”, o árbitro Vítor Silva, que deixou o jogo endurecer, com faltas duríssimas de ambas as partes, com direito a algumas amostragens de cartões, e que o árbitro optava por fazer de conta que eram faltas simples e sem maldade. Aos 80’, excelente cruzamento na esquerda de Alegria, que desmarcou Nando, que, isolado rematou por cima. Dois minutos depois, foi a vez do Nespereira ameaçar, com Pepe a se desmarcar, e isolado, a rematar por cima. O jogo estava muito disputado e os lançamentos compridos, eram muito solicitados de parte a parte, e, aos 89’ num desses lançamentos, Vilarinho cabeceia mal a bola, surgindo o avançado do Campia, que pressionado por Nuno Cardoso, não conseguiu rematar em condições. No minuto 90, na sequência de um livre batido por Cadinha, Vilarinho surge no segundo poste, mas falha o alvo. Depois aos 96’, vem um dos lances mais escandalosos dos últimos tempos, em que o Campia faz um contra-ataque pela esquerda, o avançado cruza rasteiropara a grande área, surgindo o avançado do Campia que remata a bola para o interior da baliza de Branco, a bola bate no ferro do interior da baliza e saiu para fora, e quando todos pensavam que era golo, tanto os jogadores do Campia, como os jogadores do Nespereira, surpreendentemente nem árbitro, nem fiscal de linha, não viram golo, marcando apenas um lançamento inexplicável! No final, ambas as equipas apresentaram as suas reclamações à equipa de arbitragem, valendo apenas o civismo de ambas as equipas, perante a cegueira do árbitro. Na semana seguinte, o Nespereira iria receber o Moimenta da Beira, e o clima antes do jogo, até já estava bastante quente, devido à troca de declarações entre eu e alguns dirigentes do Moimenta da Beira, pela internet. Mas, na sexta-feira, dia 4 de Fevereiro de 2011, eu estou em casa, acabando de almoçar, quando recebo uma chamada do Sérgio Silva, que me ligou para me informar que- na altura até entendi 6-havia “miúdos dos iniciados” que se tinham afogado, e pediu-me para me inteirar da situação. Minha primeira atitude foi ligar para o Paulo Rodrigues, para ver se sabia algo sobre a situação, e aí, ele me informou que já estava no local. Como sempre, as informações eram sempre dúbias, e com a habitual especulação, com uma parte do povo a afirmar que o facto tinha se ocorrido nas “piscinas de baixo”, outra parte que eram nas “piscinas à beira do Campo da Bola”. Mas os factos conforme foram apurados realmente, segundo as notícias dos diversos meios de comunicação social, foram de que, os dois adolescentes, que “terão acedido ao interior das piscinas saltando a vedação”, segundo o comunicado oficial da CM Cinfães, ou por “um buraco existente na vedação”, conforme foi mostrado no Telejornal das 20 h da SIC. O acidente ocorreu nas piscinas descobertas, apesar de encerradas à esta altura do ano, e o comunicado da autarquia afirma que “quando os bombeiros chegaram ao local, encontraram os dois jovens, em calções, no interior da piscina”. Após cerca de 1h45m de manobras de reanimação, realizadas pelos elementos do INEM, que estiveram acompanhados do helicóptero, duas ambulâncias e o médico do Centro de Saúde, o INEM acabou por confirmar o óbito às 15h45, de ambos os jovens. Os jovens foram João Alves, residente em Pindelo, de 13 anos, atleta do Nespereira FC, na camada de formação de Iniciados; e o outro é Pedro Leitão, de 14 anos, também atleta do Nespereira FC, residente na Feira. Logo, começou uma correria tremenda, após a confirmação da morte dos dois jovens, para adiar o jogo dos seniores Nespereira vs Moimenta da Beira, cancelar a GNR, mandar faxes para a AF Viseu, etc. Com todas as actividades suspensas- à excepção da Montaria ao Javali-, todos quiseram partilhar do sentimento de pesar, com os pais e familiares dos dois jovens. Os sentimentos começaram por volta das 14h30, no Salão de baixo do Centro Paroquial de Nespereira. A família dos dois jovens, muito sentidos com a situação, lá receberam amigos, colegas, professores, do João e do José Pedro, que já entravam consternados, mas saiam em lágrimas. Toda a estrutura do Nespereira FC esteve presente, desde a Direcção, Assembleia Geral, plantel sénior, plantel iniciados e plantel Escolinhas, que depositaram nas urnas, uma camisola do Nespereira FC. Após esta parte dos sentimentos, o Padre realizou uma missa de corpo presente, na Igreja, de onde seguiu o respectivo cortejo fúnebre, em direcção ao Cemitério local, onde foram sepultados. No dia 13 de Fevereiro, o Nespereira FC deslocou-se à Sernancelhe, a fim de cumprir mais um jogo, esta da 14ª jornada do Campeonato Distrital da 1ª Divisão- Zona Norte. Tiago Dias levou apenas 17 jogadores, visto que um dos convocados, João Eugénio, se encontrou com um vírus gripal, que lhe impediu de poder fazer parte dos eleitos, em cima da hora. Precisando de pontos, devido à situação difícil que a equipa vive, sem marcar um golo, desde 19 de Dezembro, mais propriamente há 407 minutos. Então Tiago Dias optou pelo mesmo “onze” que jogou em Campia: Branco; Cadinha, Paulo Sérgio, Vilarinho, Nuno Cardoso; Sérgio Silva, Helder, Bruno Teixeira; Pedro Vilarinho, Jorginho, Valter. A surpresa veio na convocação de Carlitos, que após alguns meses, volta a vestir a camisola do Nespereira. Com uma chuva e um vento algo irritantes, o clima amainou e permitiu uma tarde de um excelente espectáculo de futebol, como o que se viu em Sernancelhe. O Sernancelhe começou o jogo logo a pressionar, com um passe longo de Schwartz da esquerda para a direita, surgindo Oliveira na grande área que domina a bola, e remata com força, a bola bate em Paulo Sérgio, desviando, e com Branco a defender evitando o golo do Sernancelhe. O Nespereira ainda estava a tentar estudar a equipa adversária, e tentava construir algumas jogadas atacantes, até que numa perda de bola, China lança Boguinha, aos 3’, que se isola, mas com Branco a se adiantar e a aliviar a bola para longe da grande área nespereirense. Aos 8’, o Nespereira fez o seu primeiro remate, através de uma bola ganha de cabeça no meio campo, por Valter, e depois por Sérgio Silva, com Pedro Vilarinho a ganhar também de cabeça, dominando a bola, e ganhando algum espaço, para o remate que deu numa defesa segura de Micael. Dois minutos depois, Bruno Teixeira “rouba” uma bola a China, que era o último homem da defesa sernancelhense, isolando-se, e sozinho frente a frente com Micael, remata ao lado da baliza do Sernancelhe. O Sernancelhe resolveu “apertar” mais um bocadinho, e Schwartz passa por Cadinha, ganhando a linha na esquerda, e cruzou rasteiro, surgindo Calhau, que remata perigosamente, mas por cima da barra. Aos 29’, Pedro Vilarinho ganhou uma bola no meio campo do Sernancelhe, desmarcando Jorginho na direita, que rematou por cima da baliza de Micael. Aos 35’, Paulo Sérgio faz uma falta sobre Boguinha, dando a um livre que foi batido por Oliveira, e Helder alivia de cabeça, mas Schwartz de longe, faz um remate fenomenal, acertando na barra da baliza de Branco, criando assim o momento mais perigoso do Sernancelhe, na 1ª parte. Aos 42’, Jorginho numa jogada individual, passa pelos defesas do Sernancelhe, e é rasteirado, ficando a dúvida se seria pênalti ou não, com o árbitro a assinalar uma falta perigosíssima na entrada da grande área do Sernancelhe. Este livre foi batido por Bruno Teixeira, que rematou desastradamente ao lado. Ao intervalo, o empate aceitava-se bem, num jogo que foi muito bem disputado por ambas as equipas. Na 2ª parte, o Sernancelhe voltou a entrar a carregar, e Oliveira na direita, cruza para a esquerda, para Schwartz, que ganhando espaço, rematou para defesa segura de Branco. Aos 49’, Vilarinho faz um mau alívio, desmarcando Schwartz, que oportunamente rematou, permitindo a Branco, a defesa da tarde. Num período de muita luta no meio campo, o Sernancelhe sabia bem que queria a vitória, pressionando imensamente o Nespereira, mas com a equipa visitante também a ser muito concentrada e a não permitir que o Sernancelhe conseguisse jogar de maneira perigosa. Aos 70’, numa confusa jogada na grande área do Nespereira, os avançados do Sernancelhe insistiram em rematar, encontrando sempre uma muralha defensiva do Nespereira, que não permitiu a bola chegar á baliza, mas sobrando para Schwartz, que quase acidentalmente, marca, com a bola a passar rasteiro e devagar ao lado do poste direito de Branco. O Sernancelhe resolveu arriscar mais, abrindo mais alguns espaços ao Nespereira, que viu aos 79’, Jorginho ganhar a linha direita, entrando na grande área, e fazendo um cruzamento rasteiro, para o interior da mesma, mas não surgindo ninguém para fazer a emenda. Dois minutos depois, foi Pedro Vilarinho, que individualmente saiu com a bola, e de longe, rematou por cima da baliza do Sernancelhe. E mesmo no finalzinho, aos 90’, o Nespereira teve a sua melhor oportunidade, num contra ataque, em que Carlitos no meio campo, desmarca Pepe na esquerda, que isolado, consegue passar para Jorginho, que em frente ao guarda redes da casa, remata em jeito, mas permitindo a defesa do mesmo. Um excelente jogo de futebol, com ambas as equipas a respeitarem-se mutuamente, e com uma arbitragem de José Gomes, completamente irrepreensível, conseguindo controlar o jogo, e sendo muito correcto nas suas decisões, e muito justo. Entretanto, começa a se aproximar a data da minha vinda para o Brasil, e o meu último jogo pelo Nespereira, como delegado foi em Oliveira do Douro, contra a equipa local. O Nespereira deslocou-se à Oliveira do Douro, neste dia 27 de Fevereiro de 2011, para disputar mais uma jornada, neste caso a 16ª do Campeonato Distrital da 1ª Divisão- Zona Norte da A.F.Viseu. Tiago Dias resolveu mexer na equipa devido à algumas condicionantes, então resolveu iniciar o jogo com este “onze”: Branco; Cadinha, Pedro Cardoso, Vilarinho, Nuno Cardoso; Sérgio Silva, Helder, Pepe; Pedro Vilarinho, Jorginho, Carlitos.

O jogo iniciou com o Oliveira do Douro a querer tomar as rédeas do jogo logo cedo, em que logo aos 2’, Renato consegue se desmarcar e remata rasteiro para defesa de Branco. Mas logo de seguida, aos 5’, o Oliveira do Douro marcou, num lançamento de linha lateral, do lado esquerdo, em que a defesa nespereirense parece ter adormecido, com Nesco a ganhar no primeiro poste de cabeça, e depois surgindo Renato, que marcou o 1-0 para a equipa da casa. O Nespereira ainda tentava se refazer do golo, quando Hilário, aos 8’, faz um passe tenso, na direita, desmarcando Renato que remata mortalmente, mas a bola encontrou no caminho Vilarinho que evitou o 2-0. Evitou momentaneamente, porque aos 12’, numa autêntica fotocópia do primeiro golo, o Nespereira sofreu o segundo golo, numa confusão na grande área. Era o 2-0 para a equipa da casa. No minuto seguinte, surge o primeiro imprevisto para o Nespereira, quando Jorginho se lesiona sozinho, e Tiago Dias vê-se obrigado a substituir, entrando Vítor Hugo para o lugar do lesionado Jorginho. Aos 17’, Branco bate mal uma bola, que sobra para Victor Hugo (do Oliveira do Douro), que se isola, passa por Branco, mas este toca no jogador oliveirense, fazendo grande penalidade, e que o árbitro prontamente marcou, expulsando ainda o guarda-redes nespereirense, obrigando assim Tiago Dias a “sacrificar” Pepe, para entrar Paulo Fernandes. Na execução da grande penalidade, Renato marca muito mal, rematando ao lado. O Nespereira apático, e sem poder algum, via nas arrancadas de Renato e Victor Hugo, um perigo constante, e aos 22’, em outro lançamento de linha lateral, o Nespereira sofre o 3-0, por Victor Hugo, num lance idêntico aos dois golos já sofridos. A equipa do Nespereira não conseguia jogar, e quando a bola chegava à defesa do Oliveira do Douro, os seus centrais rebatiam muito bem, lançando logo contra-ataques perigosíssimos para o Nespereira. Aos 27’, o Nespereira ainda sofre o 4-0, em mais um lançamento de linha lateral do lado esquerdo, com Mosteirô a surgir no segundo poste finalizando bem o golo. Aqui, é que o Nespereira parece ter acordado um bocadinho, e mostrou alguma vontade de corrigir algo, com Pedro Vilarinho a ganhar a linha direita, cruzando, e com Manuel a sair-se bem, socando a bola para fora da grande área, Sérgio Silva ainda tenta rematar, mas encontrou uma muralha defensiva do Oliveira do Douro, e Vítor Hugo remata por cima da barra. Aos 29’, o Nespereira beneficia de um livre na direita, com Manuel a falhar a intersecção e Vilarinho falha no segundo poste a finalização. O Oliveira aqui parecia ter tirado um pouco o pé do acelerador, e a defesa do Nespereira parece ter acertado mais nas marcações, surgindo depois apenas um lance aos 44’, em que Victor Hugo aparece na grande área, cabeceando para defesa de Paulo Fernandes. Ao intervalo, o Oliveira vencia por um expressivo e justo 4-0. Ainda antes do reinicio da partida, o dirigente (???) do Oliveira do Douro, Nelinho, desloca-se ao banco do Nespereira, para me insultar, sem motivo algum. Na segunda parte, o Nespereira apesar de jogar com menos um, e após a entrada de João Eugénio para o lugar de Pedro Cardoso, o Nespereira parecia um pouco mais clarividente e parecia ganhar mais algum espaço no meio-campo do Oliveira do Douro. Aos 54’, numa jogada de Sérgio Silva na esquerda, este cruza rasteiro, mas não aparece ninguém para finalizar no meio.

O Oliveira do Douro não demorou a responder, e aos 57’, e num excelente lance, Victor Hugo isola-se e remata mortalmente, mas Paulo Fernandes executa uma excelente defesa, desviando a bola para a barra, e com J.André depois a não conseguir finalizar, rematando contra um emaranhado de pernas nespereirenses. Aos 60’, o Nespereira beneficia de um pontapé de canto na esquerda, em que Hélder falha no primeiro poste, mas logo surge Carlitos, que para a bola, remata uma primeira vez, e depois, na segunda vez consegue finalizar reduzindo para 4-1. O Oliveira do Douro, incentivado pela sua claque, resolveu voltar à carga, e aos 63’, Victor Hugo isola-se e remata rasteiro, desviando a bola de Paulo Fernandes, mas a bola sai ao lado da baliza nespereirense. Entretanto, percebe-se que há uma pequena confusão do lado oposto do “banco”, em que a GNR vê-se obrigado a intervir contra os adeptos do Oliveira do Douro, chegando a empunhar os cacetetes. Quando o Nespereira parecia mais entusiasmado e mais atacante, este sofre mais um balde de água fria, com um contra-ataque do Oliveira, em que Renato parece estar em fora de jogo, mas com o árbitro assistente a não assinalar nada, e com Renato a passar facilmente por Paulo Fernandes e marcando o 5-1, aos 68’. Aos 76’, Sérgio Silva na direita cruza a bola tensa, para o segundo poste, surgindo Carlitos, que remata mal e sem grande perigo para Manuel. Quatro minutos depois, Pedro Vilarinho ganha posição, mas acaba rematando ao lado. Os últimos dez minutos da partida foram de grande tensão, começando com um comentário infeliz de um adepto de Nespereira que provocou o guarda-redes do Oliveira do Douro, e este prontamente respondeu, insultando a assistência, acabando por provocar uma movimentação de adeptos do Oliveira do Douro, que se deslocaram da bancada para junto dos adeptos nespereirenses , havendo algumas trocas de palavras mais acaloradas entre adeptos nespereirenses e oliveirenses, obrigando à intervenção da GNR, que até pediu mais reforços. Também houve uma falta assinalada sobre Palito, de Cadinha, a que este terá agredido Cadinha, gerando assim uma aglomeração de jogadores à volta de ambos. E aos 87’, o Oliveira do Douro marca o 6-1, através de Zito, que se isola e bate assim Paulo Fernandes. No final, ambas as equipas se separaram, para agradecer aos seus adeptos presentes, mas, mesmo assim, alguns jogadores do Oliveira do Douro insistiram em tirar algumas satisfações com Cadinha, e havendo uma acesa discussão entre o projecto frustrado de jogador de futebol, agora dirigente do Oliveira do Douro, Nelinho, e eu, surgindo o massagista do Oliveira do Douro, que num “triste espectáculo” de fúria, parecia querer agredir todos os que lhe aparecessem pela frente, mas acabando tudo bem. Vitória justíssima e incontestável do Oliveira do Douro, que mostrou imensa disciplina e muito treino, provando ser uma equipa muito difícil em sua casa, num jogo em que praticamente o Nespereira apenas assistiu, vendo o Oliveira do Douro jogar. Relativamente à arbitragem, nada a argumentar, num jogo “derby”, que se previa, seria caloroso e difícil, mas em que Bruno Pereira conseguiu controlar muito bem, tanto a nível técnico, como a nível disciplinar, que se sublinhe, até nem foi um jogo violento em campo, muito pelo contrário do que se previa. Na saída, algumas cenas de selvajaria, má educação e falta de bom senso por parte de alguns adeptos, marcaram este jogo, com cerca de vinte pessoas, maior parte idosos, ou mulheres completamente mal educadas, sem noção de postura, a insultarem alguns elementos da comitiva nespereirense, com estes a desprezarem completamente esta atitude reprovavel. Custa-me a crer, que ainda existam lugares, em que as pessoas vivam o futebol- não me refiro nem a jogadores, nem a dirigentes do Oliveira do Douro, que foram muito correctos- como se o campo de futebol fosse uma arena, e, alguns adeptos incentivem à violência, num comportamento pré-histórico e animal! Na saída, vimo-nos obrigados a sair com escolta policial, a nos proteger, havendo ainda algumas tentativas de agressão a mim e ao Cadinha, mas com o presidente Paulo Rodrigues logo a ser a única pessoa que tentou proteger, metendo-nos na carrinha, onde assim mesmo ouvíamos os diversos insultos que nos eram dirigidos.

JOGOS

  • Canas de Santa Maria vs Nespereira FC 1-1 (3-5) (Diogo Batista)

  • Nespereira FC vs Campia 2-1 Jorginho (2)

  • Moimenta da Beira vs Nespereira FC 3-1 (Vilarinho)

  • Nespereira FC vs Sernancelhe 2-1 (Mexicano, Jorginho)

  • Arguedeira vs Nespereira FC 0-0

  • Nespereira FC vs Campia 3-2 (Lino, Diogo Batista, Sérgio Silva)

  • Nespereira FC vs Oliveira Douro 2-1 (Cadinha, Lino)

  • Castro Daire vs Nespereira FC 5-1 (Bruno Teixeira)

  • Nespereira FC vs Vilamaiorense 3-1 (Cadinha, Bruno Marques (a.g), Valter)

  • Mortágua vs Nespereira FC 5-0

  • Ferreira de Aves vs Nespereira FC 2-0

  • Nespereira FC vs Resende 1-0 (Mexicano)

  • Nespereira FC vs Fornelos 0-2

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