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A HISTÓRIA

À proveniência e atribuição do nome de Nespereira, muitos se referem de diferentes modos. Alguns sustentam que terá tido origem na quantidade de árvores de onde provêm as nêsperas (ou magnórios) e que abundavam nestas paragens; outros, porém, - e parece ser esta a mais provável das razões - sustentam que tal se ficou a dever porque, um fidalgo na altura dominante no Julgado de Sanfins e instalado lá para o mosteiro de Alpendurada, se terá enamorado duma bonita mulher chamada Inês Pereira, nascida e residente nesta freguesia cinfanense, terra reguenga na posse de nobres e fidalgos dominantes nos Séculos XIV e XV. Ao tempo, segundo alguns sustentam, este lindo vale terá servido de guarida ao dito fidalgo, afeito a andanças entre Alpendurada e todo o julgado de Sanfins mas, com paragem nesta localidade.

A existência de povoamento, na era megalítica, parece inferir-se dos topónimos Pedra Posta, Pedra e Cova da Moira, esta com indícios de galerias artificiais e que pertence à cultura dolménica. Por outro lado, povos pré-celtas levantaram fortificações castrejas no morro do castelinho recordadas nos povoados adjacentes de Castro e Castelo. Alguns nomes auxiliam a identificar essas tribos errantes, como Ardena, o rio que foi buscar o radical aos Áravos, e Grou, lugar a recordar o povo germano-celta dos Gróvios.

Os Romanos lançaram-se na exploração agrícola, organizando diversos núcleos fundiários, documentados nas "villas", no Paço do superintendente senhorial, na Mó, ou lugar dos Moinhos e na pequena ponte sobre a ribeira da Assureira, hoje quase soterrada devido à estrada de Ervilhais. A tradição a as lendas falam da presença muçulmana, além de nomes como Alqueive e Marvão.

 

O primeiro documento referente a Nespereira data de 30 de Março de 1131 e descreve uma doação a favor de Afonso País e mulher.

A freguesia de Nespereira resultante das antigas de Santa Marinha, Santo Irício e S. Miguel de Ervilhais (já desaparecida no início do séc. XV), foi concelho com sede na aldeía do Souto onde existia o pelourinho e no campo do Travaço o Tribunal e a Câmara, com foral dado por D. Manuel a 15 de Abril de 1514.

A Igreja Matriz guarda uma cruz românica de ferro, uma custódia renascença e a imagem da padroeira em pedra ançã do sec. XV. Na Fraga da Venda, encontram-se vestígios de minas de estanho. Na parte alta da freguesia, já na Serra de Montemuro, na estação arqueológica de Chão de Brinco, foram encontradas duas mamoas de grande valor arqueológico. 

INFORMAÇÕES

Concelho: Cinfães

Distrito: Viseu

Presidente: Mário Durval Pinto Leitão (PS)

Área: 35,99 km²

População: 1977 habitantes

Gentílico: nespereirense

Orago: Santa Marinha

Pároco: José Augusto

Nespereira.jpg

A HERÁLDICA

Desenhado por Ercílio Galhardo Neto, em 1992, num concurso para definição do brasão da freguesia. 

Escudo azul claro, representando o céu, com o desenho de uma ponte e de um pelourinho, representando a Ponte da Balsa e o Pelourinho, monumentos da freguesia, por baixo, o desenho em azul, ondulado, representando o rio Ardena. Orla prateada (inicialmente preta), com quadro espigas de milho, representando uma das matérias-primas de Nespereira, tendo quatro espigas para representar as quatro direções (norte, sul, leste, oeste), com duas espigas de trigo, e um cacho de uva,para relembrar a importância do meio rural, na freguesia. 

Coroa mural com quatro torres, descrevendo a condição de vila, (inicialmente, tinha três torres, na condição de freguesia). 

Listrel branco com os dizeres "Vila de Nespereira- Cinfães" (originalmente era só Nespereira), para distinção de outras freguesias existentes, em Portugal, com o mesmo nome. 

hino de nespereira

(Maestro Pereira Pinto)

Vozes a uma só voz,

Almas em gêmeo amor,

Levai ao longe, ao largo um só clamor,

Por essa vila que é de todos nós

E se abre para a luz como um botão em flor.

 

Vozes a uma só voz,

Almas em gêmeo amor,

como clarins numa alvorada, 

Lançai ao longe, ao largo este clamor,

Nespereira, terra amada!

 

Terras de Santa Marinha,

De Paradela a Carvalhais,

De Grou, rainha dos cumes de Ervilhais.

 

Por teus filhos colorida,

Amada e generosa mãe,

Nespereira querida,

Princesa agora és também.

 

De Lourosa a Vila Chã,

Do Paiva ao mais alto lugar,

És lusa, cristã,

na paz de cada lar.

Tens na fronte o diadema,

De vila que és de Portugal,

Princesa do Ardena,

Só a ti mesmo és igual.

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