2009/10
Competição: 1ª Divisão Distrital- Zona Norte
Classificação: 10º lugar (22 jogos, 5 vitórias, 4 empates, 13 derrotas)
Pontos: 19 pontos;
Média Pontos: 0,86 pontos/jogo
Golos marcados: 27 (1,23 p/jogo)
Golos sofridos: 40 (1,82 p/jogo)
Melhores marcadores: Pepe (6 golos), Carlitos (6 golos), Ruizito (4 golos)
Equipas da competição:Abraveses, Alvite, Vouzelenses, Castro Daire,F. Aves,O.Douro, Arguedeira, Resende, Fornelos, Vilamaiorense, Sezurense
Subiu: Abraveses, Alvite
Desceu: Sezurense
Taça: 2ª eliminatória (Farminhão, Molelos)
Campeão Distrital: Viseu e Benfica
Presidente: Jorge Ramalho
Jorge Ramalho seguiu o conselho de António Pereira e entregou a função de treinador a André Pinho. Nessa época, o Nespereira perdeu Jorginho para o Viseu e Benfica. O Nespereira não começou nada bem o campeonato, tendo em 3 jogos, apenas 1 ponto, e os adeptos já falavam em crise dentro da equipa. Num jogo da Taça, calhou no sorteio, uma deslocação à Farminhão, no concelho de Viseu. Saindo cerca das 9h30 da manhã, de Nespereira, eram 11h30 quando todos chegaram ao Fontelo para almoçar, tendo ainda tempo de assistir o final do jogo Viseu e Benfica vs Ferreira de Aves, em Escolas. Depois do almoço, a equipa nespereirense, deslocou-se para Farminhão, encontrando um campo enorme, e boas instalações, no complexo desportivo. André Pinho resolveu mexer na equipa e deixou Rui Teles, Ruizito e Carlitos fora da convocatória, e apresentando o seguinte "onze": Jorge Ramalho; Paulo Tiago(Pedro Cardoso), Vilarinho, Bruno Daniel, Nuno Cardoso; Sérgio Silva, Diogo, Paulo Sérgio(Vítor Andrade), Pepe; Vítor Hugo(Miguel Vieira), Marcelo. Testando alternativas, André Pinho apostou na inclusão de Paulo Tiago a lateral-direito, encostou Vilarinho na esquerda, inserindo Bruno Daniel no eixo da defesa. Os primeiros minutos foram de estudo, por parte de ambas as equipas, com o Farminhão a ter mais posse de bola, mas sendo o Nespereira, o primeiro a rematar com perigo, ao min. 13, através de uma excelente jogada entre Paulo Sérgio e Pepe, com este último a rematar contra um defesa, conseguido canto. O Farminhão começou a crescer, e pouco a pouco, ia conquistando a linha esquerda, do seu ataque, deixando Paulo Tiago com os "nervos em franja". Aos 17' o médio do Farminhão arrisca, de longe, rematando por cima da barra da baliza de Jorge Ramalho. Aos 23', descaído na direita, o Farminhão volta a tentar o golo de longe, obrigando Jorge Ramalho a defender. Numa altura em que o Nespereira estava a subir de forma, o Farminhão, num contra-ataque, obriga Jorge a mais uma boa intervenção. Mas aos 36'um mau entendimento entre o defesa do Farminhão e o seu guarda-redes, quase dava num golo, com Marcelo a fazer um chapéu ao guarda-redes,mas saindo ao lado. Ao intervalo, o resultado era 0-0, e André Pinho a resolver mexer na equipa substituindo Paulo Tiago por Pedro Cardoso. E logo no ínicio da 2ª parte, aos 48', Marcelo desmarca Pepe, que descaído na direita, faz um golão, encontrando apenas o guarda-redes adversário, e com muita classe, faz um "chapéu" marcando o 0-1. Aos 50', Pepe volta a rematar de longe, obrigando Cunha a uma grande defesa para canto. Desse canto, Marcelo quase marca de cabeça. O Faminhão começou a mexer as suas peças, e a tentar conquistar mais o meio-campo nespereirense, mas era o Nespereira mais perigoso, com uma excelente jogada entre Vítor Hugo e Pedro Cardoso, com este a rematar ao lado. O Farminhão cresceu, e aos 66', num ataque da direita, o atacante passa por Bruno Daniel, rematando ao lado. Quatro minutos depois, Nuno Cardoso, de livre, obriga Cunha a uma defesa atabalhoada. Aos 76', acontece o caso do jogo. O Farminhão tenta atacar no lado direito, o jogador cruza, Vilarinho mete o peito à bola, e o "bandeirinha" pressionado pelo público, assinala penalti, levantando a bandeira, e com o árbitro a assinalar o castigo máximo. Adrien marcou assim o empate.
Mas não durou muito o empate, Nuno Cardoso cruza na direita, e Marcelo de cabeça, volta a dar vantagem aos visitantes, aos 79'. A equipa da casa não dava o jogo por perdido, e aos 84', num excelente cruzamento na direita, obriga o avançado farminhense a cabecear, quase marcando o empate. Aos 87', o avançado da casa isola-se, e perante Jorge Ramalho, não consegue desfeitea- lo, obrigando-o a defesa da tarde. E já em tempo de descontos, Pepe descaído na direita remata- quase do meio-campo-, obriga Cunha a uma defesa espalhafatosa, que seria a defesa da tarde, se nao fosse dar em golo. Quando o guarda-redes mete a mão à bola, esta sobe e faz um arco, batendo no chão e entrando devagar, sendo um "pato" do guardião da casa. No final, boa arbitragem da equipa de arbitragem, falhando apenas no lance do penalti contra o Nespereira. E pelos vistos, se os jogos do campeonato estavam correndo mal, os da Taça, davam gosto de ver. O Nespereira pegou na 2ª eliminatória, o Molelos que estava na Divisão de Honra. André Pinho resolveu fazer novas alterações no seu “onze” optando pela seguinte equipa: Ricardo Semblano; Pedro Cardoso, Márcio, Vilarinho, Nuno Cardoso; Sérgio Duarte, Sérgio Silva, Marcelo; Pepe, Toninho, Carlitos. O Nespereira iniciou bem, logo no primeiro minuto, com uma excelente desmarcação de Pepe na direita, a rematar para defesa segura do guarda-redes do Molelos. Mas aos 5’, começa um “espectáculo” de dualidades de critérios da parte do árbitro. Toninho na defesa chuta a bola para a frente, Marcelo ganha de cabeça, e o mesmo Toninho numa corrida espectacular, isola-se e é empurrado por um adversário, dentro da grande área, e o árbitro nada marca, apesar de Toninho não cair. Mas, aos 8’, um pouco contra a corrente do jogo, em que o Nespereira dominava, num lance muito duvidoso, que começa na direita do ataque do Molelos, o nº11 não consegue dominar a bola dentro de campo, mas o árbitro assistente permite que o lance continue, e o médio do Molelos recebe a bola na entrada da área, marcando um golo espectacular, sem hipóteses para Ricardo defender. O Nespereira não baixou os braços, e respondeu logo de seguida, com Sérgio Duarte a cruzar na direita, e Toninho remata ao lado. E aos 13’, o Molelos ataca novamente, e de fora da área um jogador remata, Ricardo defende, mas a bola sobra para o avançado, que marca o 0-2, reclamando muito os jogadores do Nespereira alegando um fora-de-jogo do adversário que marcou o golo. O jogo diminui o ritmo, e o Molelos foi gerindo o jogo conforme lhes convinha, atacando aos 32’, e num lance dentro da área, Márcio faz falta sobre o jogador tondelense, mas com o árbitro a não assinalar nada. No minuto seguinte, há uma falta perto da grande área do Molelos, e Pepe, encarregue de bater o livre, o guarda redes defende, mas Nuno Cardoso, na recarga não consegue marcar o golo. Aos 40’, um livre frontal à baliza nespereirense, numa jogada combinada para a direita, o avançado do Molelos cruza rasteiro, mas os seus dois colegas, a meio metro da linha de golo, chegam atrasados, não conseguindo aumentar a vantagem. Ao intervalo, o Nespereira perdia por 2-0 , em casa, mas com o árbitro a ser muito contestado pelos adeptos nespereirenses. Na segunda parte, logo ao minuto 46, o Nespereira entra mais aguerrido e com vontade de atacar, com Sérgio Duarte a tentar desmarcar Pepe, com o defesa a tentar passar para o seu guarda-redes, e Pepe intercepta, mas falha. O Nespereira impôs um ritmo ofensivo bastante intenso, e aos 47’, Carlitos isola-se, passa pelo guarda-redes e depois chuta, com o defesa do Molelos a evitar o golo, mas a bola para mesmo em cima da linha de golo, com Toninho a surgir, e a marcar o 1-2. O Nespereira dominava completamente o jogo nesta fase, e aos 59’, Carlitos desmarca-se, volta a passar pelo guarda-redes, remata, mas o mesmo guarda-redes recuperou bem, evitando o golo e cedendo canto. E aos 61’, Toninho isola-se e perante o guarda-redes não falha, rematando, mas esta muito devagar vai ao poste, surgindo Carlitos que fez o 2-2, empolgando os adeptos presentes, e motivando os jogadores nespereirenses. Aos 67’, Sérgio Duarte desmarca Pepe, na esquerda, que tira o defesa do caminho, e remata para a intervenção segura do guarda-redes. E aos 69’, é a reviravolta no marcador. Cruzamento na direita, e Carlitos surge no meio da grande área, a cabecear mortalmente para o 3-2. O jogo endureceu um pouco, e começou-se a haver mais faltas, mas mesmo assim, aos 73’, Toninho, na direita, desmarca Márcio na esquerda, que remata para boa defesa do guardaredes visitante. Aos 80’, um cruzamento da direita do Molelos, cruza o campo todo e sai pela linha lateral, com o árbitro assistente a marcar lançamento a favor do Molelos, quando a bola nem bateu em ninguém do Nespereira. Pedro Cardoso agarra a bola para lançar, o adversário agarra em Pedro Cardoso, e este com um gesto liberta-se do adversário, com este a atirar-se ao chão aos berros, e com o árbitro a expulsar Pedro Cardoso, pelo “teatro” do jogador do Molelos. Reduzidos a dez, o Nespereira recuou mais na defesa, tentando manter a vantagem, mas, aos 88’, o avançado do Molelos, isola-se na direita, e remata à barra da baliza de Ricardo. Mas, o Nespereira não conseguiu aguentar a pressão do Molelos, e aos 90’, o jogador visitante desmarca-se na direita, cruza para o segundo poste, surgindo dois avançados, com um a rematar e Ricardo a evitar o golo, mas na recarga, o Molelos não perdoou, marcando o empate, e obrigando assim ao prolongamento. Após um breve interregno, o jogo recomeçou, e logo aos 92’, numa desmarcação na direita, o extremo molelense faz o cruzamento, e o ponta-de-lança visitante marca o 3-4. O Nespereira não baixou os braços, e Pepe, aos 98’, desmarca Sérgio Silva, que remata ao lado da baliza. E aos 111’, o Molelos dá um golpe mortal - parecia mortal –ao Nespereira, quando o avançado do Molelos isola-se e remata para o 3-5. Mas o Nespereira parecia não querer desistir, e aos 114’, Vítor Hugo quase reduz, obrigando o guarda- redes visitante a uma boa defesa. Realce também, para um lance em que Pepe é agredido pelo adversário, com um pontapé na cara, em frente ao árbitro assistente, e desta vez o árbitro não expulsou o jogador. Mas quando o árbitro já tinha dado o tempo de desconto, Miguel desmarca Pepe, e este de frente para a baliza, fora da área, remata para um golo fantástico, a reduzir para o 4-5, que foi o resultado final, acabando por ser eliminado da Taça, mas mostrando finalmente, uma exibição convincente ao público nespereirense. No domingo seguinte, o Nespereira jogou de novo em casa, só que desta vez para o campeonato, onde iria receber o líder invicto Arguedeira e o Nespereira como penúltimo da classificação, com apenas 2 pontos, e sem vencer em casa. O Arguedeira começou cedo impondo o seu ritmo de jogo, e a sua capacidade atlética, aproveitando a velocidade dos seus alas, que logo aos 5’, através de uma desmarcação na esquerda, leva Vilarinho a cometer falta dentro da grande área, e o árbitro Bruno Pereira a marcar grande penalidade, com Edmilson a marcar o 0-1. Mas, quando se esperava uma reacção do Nespereira, surge um balde de água fria para o Nespereira, com Bernardino a se desmarcar na esquerda, e a centrar para o surgimento de Edmilson, na grande área que faz o 0-2. Parecendo um pouco perdida, a equipa do Nespereira aproveitou a desacelaração do Arguedeira , que começou a tentar controlar o jogo, e aos 9’, Toninho desmarca-se na esquerda, passa por Leonel, rematando às malhas laterais da baliza do Arguedeira. O Nespereira começou a querer esboçar alguns ataques, e um deles, ao minuto 15, foi Marcelo que ganha a bola na esquerda, centrando para Pepe que não consegue concretizar em golo. Aos 19’, Marcelo ganha a bola na grande área e depois remata para defesa de Careca, que evita o golo. Apesar da maior pressão nespereirense, o Arguedeira controlava o jogo, e muito calmamente tentava beneficiar de algum espaço e desconcentração que o Nespereira pudesse dar na defesa, e aos 33’, Marcelo, de cabeça, desmarca Carlitos, que no interior da grande área remata para defesa do guarda-redes visitante. O Nespereira começou a crescer, e a tornar-se mais perigoso, aos 38’, Pepe, num livre na esquerda, cruza, para Sérgio Silva desviar para uma defesa segura de Careca. Aos 42’, num mau atraso da defesa visitante para o guarda-redes, Pepe ganha, e quase marca, conseguindo ainda um pontapé de canto. Desse mesmo pontapé de canto, Pepe cruza, e Nuno Cardoso cabeceia, reduzindo a desvantagem para 1-2. Realce ainda, para um lance em que Sérgio Duarte, faz uma entrada mais dura sobre um adversário, e o árbitro perdoa-lhe o segundo cartão amarelo. Chegou-se ao intervalo, com o Nespereira a perder por 2-1. Após o intervalo, André Pinho, introduz Vítor Hugo no jogo, que substituiu Pepe, que esteve muito apagado e perdido, na primeira parte. E logo ao primeiro minuto, o Nespereira demonstrou que iria lutar para um resultado melhor, com Toninho, a rematar de fora da área, por cima da barra da baliza do Arguedeira. E aos 49’, Marcelo na direita, abre para Sérgio Silva, que com muita classe, cruzou rasteiramente, com Careca a não conseguir interceptar, e com Carlitos a igualar o marcador, fazendo o 2-2. Era a euforia entre os adeptos nespereirenses. Mas, se os adeptos nespereirenses estavam eufóricos, mais ainda ficaram, aos 54’, quando numa desmarcação de Toninho, Marcelo de fora da área, aproveita-se da má colocação de Careca, e marca um golo de placa, virando o resultado, agora favorável ao Nespereira, por 3-2. Mas a partir do minuto 57’, começou a confusão… Márcio disputa uma bola na lateral, com Gil, em frente ao banco do Nespereira, quando Sérgio Silva consegue ganhar a bola, Gil agride com um pontapé por trás, Sérgio Silva. Sérgio Silva sente-se e atira-se ao pescoço de Gil, perguntando-lhe irritado “Que merda é essa?”. Gil não hesitou ee começou a agredir gratuitamente Sérgio Silva, e depois todos os que tentavam separar.Os elementos do banco do Nespereira tentaram separar a situação, quando surgem jogadores do Arguedeira a agredir os diversos elementos do Nespereira. No meio da confusão, surge um dito suplente do Arguedeira, chamado Daniel Teixeira, que começou a agredir fisicamente os diversos jogadores, suplentes e equipa técnica do Nespereira, tendo “aquecido” o ambiente, e eu vendo aquele jogador a correr na direção do nosso banco, já cego de qualquer razão, empunhei um soco no jogador, tendo ele caído em frente ao banco, onde de seguida, Ricardo Semblano e Rui Teles trataram de imobiliza-lo.Naquela altura, só se viam empurrões, murros, pontapés, agarrões, enfim, uma grande confusão que se arrastou durante cerca de 10 minutos. A determinada altura, dei conta de que alguém me estava segurando pelas costas,e vi um jogador, que até era o “capitão” do Arguedeira, a vir na minha direção, e eu mandei-lhe um pontapé na barriga, só que mesmo na frente do árbitro assistente. Foi aí, que voltei a mim, e tive noção de ter feito asneira. Com o árbitro a intervir, este expulsou primeiramente, Sérgio Silva, e depois Gil, mas voltando atrás, e resolvendo anular o cartão vermelho a Sérgio Silva, mostrando-o a Sérgio Duarte. Ricardo Semblano, que estava no banco também foi expulso, assim como eu, que sai, mostrando ao árbitro, a agressão que tinha sido vitima, com o sangue que tinha ainda no lábio superior, mas tratei de o cumprimentar e reconhecer o meu erro, dizendo-lhe que eu tinha sido bem expulso. Os adeptos irritados com a situação manifestaram-se, e chegou-se a temer, mesmo, algo mais grave, mas não passando apenas de manifestações verbais. Tanto que, o presidente do Arguedeira filmava a confusão, e se não fosse Hernâni Andrade a intervir, os adeptos nespereirenses teriam agredido e partido a máquina de filmar do presidente arguedeirense. Após todos se acalmarem, o jogo voltou ao normal, mas desta vez de 10 para 10. E quando o Arguedeira tentava tirar partido da maior capacidade atlética, aos 67’, Marcelo ganha uma bola no meio-campo, e progride até chegar à grande área adversária, “senta” Careca, e marca o 4-2, dando um maior alívio à equipa da casa, que procurava a primeira vitória da época 2009/2010. O Arguedeira começou a fazer maior pressão, mas os nervos também não ajudavam, assim como o cansaço que se fazia sentir em ambas as equipas, e assim, o Nespereira ia ganhando sempre algum tempo, com o Arguedeira a conseguir reduzir para 3-4, já em tempo de descontos, mas não conseguindo o empate. Arbitragem boa de Bruno Pereira, embora prejudicativa no momento da confusão, ao Nespereira, esquecendo-se de expulsar o jogador do Arguedeira que se deslocou do banco deles, para o banco do Nespereira, para agredir os elementos; o guarda-redes Careca, que quase empurrou um GNR, e que quase agredia o árbitro; assim como o massagista Augusto Ferreira, que tentou agredir-me, durante o jogo. Mas, de resto, o árbitro esteve bem, assim como os seus auxiliares. Antes do jogo, ouvimos nos balneários deles, o treinador durante a palestra, dizer que era fácil nos bater, e que eles seriam o Real Madrid desta divisão. Então no final me dirigi para o treinador deles e disse: - Se vocês são o Real Madrid, nós somos o que? O Barcelona?- e naquele meu estilo tipicamente cínico, dei um sorrisinho e virei as costas vindo embora! Mas o Nespereira mostrou-se muito irregular,com os maus resultados do Nespereira prevalecendo, e chegou-se à última jornada, dependente do resultado do Vilamaiorense. O jogo era em casa contra o Vouzelense. Ao Nespereira bastava ganhar. Caso o resultado fosse outro, bastava ao Vilamaiorense perder, pois se o Vilamaiorense empatasse, e o Nespereira perdesse, o Nespereira iria para a liguilha, disputar quem iria descer de divisão.
Quando tudo se decidia no último jogo do campeonato, o Nespereira FC acabou por claudicar frente à aguerrida formação do Vouzelense, perdendo em casa por 1-2 e ficando dependente do resultado do Vila Maior que, perdendo por 4-1, acabou por beneficiar a turma cinfanense que, mesmo derrotada no seu reduto, acabou por confirmar a manutenção na 1º Divisão Distrital de Viseu. Este foi, sem dúvida, um jogo para esquecer….por vários motivos! Jogo irritante foi contra o Fornelos. Dias antes, quando soube quem seria o árbitro do Fornelos vs Nespereira, descobri que ele era um conhecido meu, e entrei em contato com ele, e expliquei-lhe a situação que o Nespereira vivia, e ele acedeu em ajudar o Nespereira, no jogo contra o Fornelos. O Nespereira ia então para o “derby” concelhio, precisando apenas de uma vitória para garantir a manutenção. O Nespereira entrou bem no jogo e conseguiu mesmo surpreender a formação da casa, conseguindo abrir o activo bem cedo, logo aos 9 minutos, por intermédio de Carlitos, que finalizou da melhor forma um cruzamento perfeito para cima da área do Fornelos. A equipa de Victor Vasconcelos tentou reagir de imediato, mas os visitantes não se atemorizaram e mantiveram uma toada ofensiva forte, desperdiçando até algumas oportunidades para aumentar a vantagem. O Fornelos procurou chegar ao empate e o golo só não aconteceu porque a trave devolveu, aos 39 minutos, um potente remate de Celso, um avançado em dia de inspiração, que já perto da primeira metade viu um golo anulado, por provável fora de jogo. Igualdade que chegaria já nos descontos da primeira parte, aos 47 minutos, num lance de belo efeito concluído por Ricardo, seguindo-se uma fase de alguma supremacia dos homens da casa que, empolgados com o empate conquistado, evidenciaram forte vontade de abrir mais o último reduto da equipa visitante. E foi aos 73 minutos que, uma vez mais Celso, no miolo da área, não desperdiçou a oportunidade de uma recarga com êxito para desfazer a igualdade e inverter a situação. No entanto, os comandados de André Pinho não se deram por vencidos e, forçando o ataque, conseguiram mesmo fazer a equipa da casa recuar no terreno e defender a vantagem com “ unhas e dentes “, evidenciando alguns calafrios e provocando algumas faltas, que o árbitro foi castigando com amostragem de alguns amarelos. E foi no último quarto de hora, ocasião em que visitantes já tinham de novo equilibrado partida, que a história do jogo poderia ter sido outra, com um desfecho bem diferente, com duas grandes penalidades a serem desperdiçadas pela nossaequipa, primeiro aos 77 minutos por Pepe, e depois por Vilarinho aos 83 minutos, com o guardião Hugo Maciel a ser o verdadeiro herói da jornada, com duas grandes defesas a empolgar os adeptos locais e a consolidar a vitória caseira, deixando-me completamente irritado, porque naquela situação senti que todo o meu trabalho semanal para tentar garantir a manutenção, acabou sendo infrutífera, além de ter que aturar um adepto do Fornelos, de Travanca, que é GNR, mas que passou a segunda parte toda a me insultar, no banco. Vergada ao peso de uma derrota tangencial, a equipa de Nespereira só se pode queixar de si própria, até porque fazendo um bom jogo e merecendo pontuar numa fase de imperativa necessidade, deixou fugir uma vitória que esteve perfeitamente ao seu alcance…há dias de azar !!!
Depois da excelente exibição no “ derby” de Fornelos, nada fazia prever que a formação orientada por André Pinho estivesse nesta partida tão apática, muito abaixo das suas possibilidades e não demonstrasse a dinâmica de vitória que se exigia neste jogo decisivo, que despertava expectativas. A verdade é que, contra um adversário visivelmente mais forte e com uma estrutura mais organizada, o Nespereira até entrou melhor no jogo e deu a entender que queria resolver as coisas por iniciativa própria, sem necessitar da ajuda de terceiros, obrigando a equipa contrária a recuar no seu reduto e a reforçar a linha defensiva, dominando a primeira metade com uma estratégia embora simples, mas que resultou eficaz. E foi num perigoso contra-ataque que, aos 30 minutos, Sérgio Duarte abriu o activo para a formação de Nespereira, num golo de belo efeito e pleno de oportunidade, fazendo crer que o entusiasmo da equipa cinfanense potenciava uma atitude vencedora e bem encaminhada para festejar a manutenção num ambiente caseiro, de alegria partilhada com adeptos e massa associativa, até porque, já antes, os nespereirenses reclamaram um penalty justo, por derrube de Toninho bem dentro da área visitante. Mas logo a seguir, aos 37 m, uma paragem forçada do jogo, por lesão do guarda-redes visitante, que viria a ser substituído, alterou o rumo dos acontecimentos e a equipa forasteira parece que ganhou mais garra e vontade de dar a volta ao resultado. E o empate chegou depois do intervalo, aos 56 minutos, por intermédio de Meireles, que num remate bem colocado bateu o guardião Jorge Ramalho, bastante infeliz na recepção do esférico, para pouco tempo depois, ser desfeita a igualdade, num oportuno golpe de cabeça de Bispo a aproveitar bem um cruzamento para o miolo da área nespereirense, desta vez isento de qualquer culpa o guardião local. Como lhe competia, o Nespereira tentou reagir de imediato, mas o reduto defensivo dos visitantes estava coeso e bem estruturado e as maiores situações de perigo iam sendo anulados logo á entrada da área, o que deixava perceber que a equipa de Vouzela ia defender a vantagem com naturalidade, procurando depois, o avanço no terrenos dos homens da casa, para explorar o contra ataque. Só que, aos 77 minutos a história do jogo ficou manchada por um caso vergonhoso, que originou a violência e agressões entre os jogadores de ambas as equipas, com cenas de pugilato e pancadaria no meio do campo, com os poucos efectivos da GNR presentes a mostrarem-se impotentes para segurar o ímpeto agressivo dos atletas e de alguns assistentes que, entretanto, também se quiseram juntar à contenda, entrando pelo recinto de jogo. Talvez, motivado por algumas picardias anteriores, Carlitos deixou um adversário estatelado no chão e o árbitro de imediato mostrou-lhe o caminho do balneário com um vermelho directo, decisão que o avançado nespereirense não aceitou bem e, numa atitude reprovável e inqualificável, correu a “ despejar “ a sua revolta para o atleta vouzelense deitado no solo, pontapeando várias vezes, sem lhe dar hipótese de defesa. A situação piorou porque todos começaram a correr em direção a Carlitos e ao adversário que estava no chão, que de repente vi Pedro Cardoso correr em pleno vôo, com o pé em riste, acertando um pontapé num adversário. Houve uma certa hesitação da parte do “banco”, em relação à intervir, mas acabamos mesmo por nos dirigirmos ao centro do terreno, para tentar separar a confusão. Ricardo Semblano ainda acabou agredindo o central do Vouzelenses, e depois em debate de razões, e o treinador do Vouzelenses lá falou qualquer coisa que não agradou a Jorge Ramalho, com este a desferir um murro no treinador, que ficou com a boca ensangüentada, acabando por ser expulso posteriormente, e vendo também a Mãe de Carlitos, Rita Monteiro, que tentava invadir o campo, mas que foi prontamente parada pelos guardas presentes e dirigentes.
Uma atitude lamentável que estragou definitivamente o jogo, com os atletas a envolverem-se em agressões, com dirigentes a tentar acalmar os ânimos e a GNR a tentar impedir a invasão do campo e a proteger a equipa de arbitragem que, mesmo assim, ainda, conseguiu identificar e expulsar alguns jogadores de ambas as equipas, intervenientes na contenda, ficando a partida interrompida mais de um quarto de hora. Depois de se mostrar tentado a não prosseguir a partida, alegando falta de condições de segurança, o trio de arbitragem acabou por aceder às “ negociações “ connoscodelegados de ambas as equipas- e informou-me que havia sido expulso três jogadores do Nespereira, e o jogo acabou por ser reatado 15 minutos mais tarde, com o Nespereira com oito e a equipa de Vouzela com apenas nove jogadores em campo. Quando cheguei ao “banco”, André estava mandando Miguel Vieira vestir a camisola de guarda-redes, julgando que Ricardo Semblano havia sido expulso, mas aí informei que não, tendo Ricardo ido para a baliza do Nespereira. O tempo restante, nada trouxe de novo a uma jornada que poderia ter terminado em harmonia e saudável convivência desportiva, até porque, sendo o resultado do Vila Maior desfavorável, o Nespereira FC mesmo derrotado em casa, acabou por assegurar a manutenção, e seria bem escusado passar por esta vergonhosa situação que, certamente, em termos de acção disciplinar, lhe vai trazer alguns dissabores.
Apesar do reforço da GNR, que entretanto chegou, o final da partida decorreu sem incidentes, mau grado a possível apresentação de queixas registadas à força de segurança, por alguns envolvidos na agressões que marcaram negativamente um jogo, que tinha tudo para ser uma festa em final de época. O treinador nespereirense André Pinho era, visivelmente, um homem triste e desiludido, pelo que nem sequer valia a pena ouvir a opinião do técnico que, tudo fez, para que a equipa de Nespereira pudesse sair prestigiada e de cabeça levantada no final do campeonato. Chegando nos balneários, as palavras de Ruizito marcaram imensamente, quando informou que era o último ano que ele jogava futebol, e que não queria uma despedida assim. No final o Nespereira acabou em 10º lugar,quase descendo de divisão. Jorge Ramalho também optou por não dar continuidade ao seu trabalho como presidente do Nespereira. Nesta gestão de Jorge Ramalho, este conseguiu consolidar o trabalho das camadas de formação, nas camadas mais novas.
JOGOS
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Nespereira FC vs Resende 0-1 (Ruizito)
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Oliveira do Douro vs Nespereira FC 3-2 (Marcelo, Ruizito)
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Nespereira FC vs Alvite 0-0
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Vilamaiorense vs Nespereira FC 1-1 (Ruizito)
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Nespereira FC vs Ferreira de Aves 0-1
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Castro Daire vs Nespereira FC 3-1 (Pepe)
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Nespereira FC vs Arguedeira 4-3 (Nuno Cardoso, Carlitos, Marcelo (2))
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Nespereira vs Molelos 4-5 (Toninho, Carlitos(2),Pepe)
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Sezurense vs Nespereira FC 0-3 (Sérgio Silva (2), Toninho)
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Abraveses vs Nespereira FC 3-2 (Toninho(2))
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Nespereira vs Fornelos 1-0 (Nuno Cardoso)
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Vouzelenses vs Nespereira FC 5-1 (Pepe)
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Resende vs Nespereira FC 1-1 (Carlitos)
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Nespereira vs Oliveira do Douro 2-4 (Marcelo, Sérgio Silva)
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Alvite vs Nespereira FC 2-0
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Nespereira FC vs Vilamaiorense 2-1 (Marcelo, Miguel Vieira)
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Ferreira de Aves vs Nespereira FC 1-0
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Nespereira vs Castro Daire 1-2 (Ruizito)
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Arguedeira vs Nespereira FC 4-1 (Márcio)
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Nespereira FC vs Sezurense 3-1 (Pepe, Carlitos, Paulo Sérgio)
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Nespereira vs Abraveses 0-0
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Fornelos vs Nespereira FC 2-1 (Carlitos)
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Nespereira FC vs Vouzelenses 1-2 (Sérgio Duarte)